segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Desafios para o empresariado Maranhense



O Nordeste e, principalmente o estado do Maranhão recebe atualmente uma leva de investimentos jamais vista e, se houver algum ponto de comparação, este pode ser apenas a década de 1970, ainda assim tal comparação seria incongruente, uma vez que a nova dinâmica de investimentos não é concentrada apenas em dois grandes projetos num único ponto do espaço, como foi o caso da ALUMAR e VALE concentrados em São Luís. 
A nova dinâmica de investimentos ocorre via mercado e o papel do governo, ao contrário do que possa parecer, é pequeno. Nesta nova dinâmica, o investimento orientado para distintos setores, adentra também pelo interior do estado, exigindo uma melhor e mais diversificada qualificação profissional, o que infelizmente ainda não estamos ainda em condições de apresentar. 
Para o empresariado Maranhense, resta o desafio de atuar de maneira exitosa nesta nova realidade, caracterizada por uma maior profissionalização da gestão, melhor leitura do ambiente econômico e melhores e mais adequados modelos de planejamento e, principalmente uma melhor estratégia competitiva. O motivo? Bastante simples, numa conjuntura caracterizada por uma recessão mundial, e dificuldades em promover o crescimento econômico, algumas economias, como é o caso do Sul e Sudeste, encontram-se em plena maturidade, em mercados maduros o crescimento é estável e os ganhos modestos. Ao contrário, o Nordeste e, sobretudo o Maranhão apresenta-se como um mercado em expansão, em tais mercados o crescimento é acelerado e os ganhos, são altos. Nesse contexto, o atraso de trinta anos, agora é revertido em nosso favor, uma vez que justamente por permanecer isolado durante todo este tempo, o Maranhão configura agora como um mercado “virgem”, isto é, mesmo no Nordeste o maior potencial de rentabilidade e expansão encontra-se no Maranhão. 
Diante deste cenário, o que o empresariado pode esperar? Não outra coisa senão o acirramento da concorrência, agora em outras bases. Espera-se para os próximos anos, um maior aporte de grandes redes varejistas e atacadistas, principalmente. Também, para as empresas genuinamente Maranhenses e relativamente consolidadas, um maior assedio por parte dos Fundos de Investimento Privados (Private Equity), o que exigirá uma gestão altamente profissionalizada e técnica, voltada única e exclusivamente para resultados. Da mesma maneira, uma vez que a forma mais rápida de comprar crescimento e penetração de mercado não é outra senão por meio de fusões e aquisições, não se descarta um maior volume de compras ou fusões entre as empresas locais e externas. Por isso mesmo, apesar de animador, o cenário econômico para o empresariado genuinamente maranhense exige além de atenção um (re) preparo desde já, pois somente assim o mesmo poderá tirar bastante proveito do crescimento que se manifesta. 

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