O líder camponês Manoel da Conceição foi uma das pessoas vítima de tortura no regime militar que prestou depoimento aos membros da Comissão da Verdade
Integrantes da Comissão da Verdade estiveram este final de semana na Região Tocantina para ouvir o depoimento de vítimas e testemunhas dos atos de violência praticados por agentes do Estado no período do regime militar ( 1964-1985).
A tomada de depoimentos foi iniciada ontem e uma das pessoas ouvidas pelos integrantes da comissão da verdade foi o líder camponês Manoel da Conceição. Ele teve o depoimento recolhido pelos membros da Comissão da Verdade em uma das salas da Universidade Federal do Maranhão (UEMA)
Em entrevista ao jornal O Progresso, a psicanalista Maria Rita Kehl , integrante da comissão admitiu a dificuldade de encontrar documentação relativa a violência sofrida por indígenas e camponeses no período do regime militar, inclusive pela falta de registro sobre a prisão destas pessoas. “Diferente do que aconteceu com militantes políticos, que existem registros, por exemplo, da entrada de uma dessas pessoas em delegacia. Nessa época o campo e os povos indígenas eram mais isolados” comentou.
Antes de ser ouvido pelos membros da Comissão da Verdade, Manoel da Conceição afirmou que apesar dos anos de chumbo que caracterizaram o regime militar terem deixado marcas inesquecíveis na memória de muitos brasileiros, no fim das contas a vitória foi da sociedade civil . “O golpe militar torturou, matou, prendeu. Nós vencemos. O trabalhador venceu”, comentou
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