Após
a forte pressão exercida pela mídia não venal a respeito da crise que assola o
sistema carcerário, a governadora decidiu romper a inércia que lhe é
característica e mais uma vez resolveu os problemas ao seu modo: gastando
mais, de maneira errada e com total descaso. Com ares de fanfarronice,
anunciaram um plano que dizem ser de segurança, o qual contempla basicamente a
construção de mais presídios que para ser executado necessita de mais recursos
públicos e, dado o caráter de urgência dispensa licitação, um banquete perfeito
para um leão insaciável.
Gastar
milhões, construindo depósitos de gente com a função social de deformar ainda
mais o indivíduo já marginalizado, em nada contribuirá para aplacar a violência,
sobretudo urbana, nem tampouco tornará nosso estado um lugar mais seguro e
menos ainda erradicará as facções criminosas que proliferam na mesma velocidade
de um câncer nas periferias de São Luís. É preciso entender, acima de tudo, que
a crise que assola o sistema carcerário não é uma crise penitenciária e sim uma
crise sócio econômica, logo sua solução não está no presídio, mas fora dele. Porém,
é justamente o oposto aquilo que propõe o plano da governadora, a qual
obtusamente ela chama de PLANO DE
SEGURANÇA.
Graças
a sua imperícia em tratar os recursos públicos, o Maranhão atualmente é um
estado falido, que recebe do governo federal muito mais do que gera
internamente e constantemente recorre a empréstimos para “tocar o barco”. Isso
ocorre porque nunca foi compromisso desta gestão a geração de emprego e renda,
nem tampouco uma educação básica de qualidade. Muito pelo contrário, dada a sua
visão obtusa, houve época que a máquina de propaganda governamental afirmava
que substituir professor por vídeo cassete era um grande e inteligente
investimento, o tempo mostrou a verdade, pois sustentamos hoje um dos menores
índices de escolaridade. Enquanto a saúde dava sinais de esgotamento,
preferiu-se investir em novelas, quando na realidade era de saneamento básico
que precisávamos. Da mesma maneira, enquanto os estados brigam por
investimentos, o Maranhão briga para mantê-los longe, quem não lembra do
escândalo da fábrica de Rosário? Ou da devolução da CEMAR? Ou da falta de
infraestrutura que é característica do estado? Todas essas mazelas e imperícias
expulsou a população do interior cujo destino imediato é a capital São Luís,
formando assim um cinturão de pobreza que circunda a Ilha que na falta de
oportunidade, faz do crime uma atividade econômica.
Além
da imperícia, o descaso é outra marca da atual gestão. Chama atenção o fato que
tendo como Ministro das Minas e Energia um correligionário, a refinaria da
Petrobras nunca se concretizou, assim acontece com o Turismo e o mesmo acontece
com recursos que constantemente retornam para Brasilia por não possuir projetos
de aplicação.
Por
tudo isso, somos favoráveis para que sejam construídos mais presídios sim, mas
para manter presas as ideias que povoam a mente da nossa governante. Isto sim
poderia ser chamado verdadeiramente de Plano de Segurança.
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