Policiais Civis estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, dia 24, em frente à REFFSA para decidirem pela continuidade ou não da paralisação de advertência nos dias 24, 25 e 26 de setembro em todo o Estado. Em votação a maior parte dos grevistas decidiu pela suspensão do movimento paredista em virtude da situação crítica em que se encontra a capital São Luís, na qual a população está à mercê das facções criminosas, cujas ordens partem de Pedrinhas, e que estão tocando terror pela cidade.
De acordo com o Presidente do Sinpol, Heleudo Moreira, outro motivo é que o Poder Judiciário pediu o prazo de de 30 dias para a execução da Gratificação de Natureza Técnica do Policial Civil. “Se a determinação da Justiça não for cumprida pelo Executivo, daremos continuidade ao movimento de paralisação”, destacou. O Presidente da ASPCEMA, Amon Jessen, destacou que mesmo sendo contrário à suspensão da paralisação de advertência, entende que a Polícia Civil não pode deixar a população abandonada neste momento de ataques violentos. “A Polícia Civil deve cumprir seu papel perante a sociedade”, ressaltou.
Entre os motivos da suspensão da paralisação de advertência estão também as falsas alegações de ligação do movimento de greve a candidatos que concorrem às eleições. Os dirigentes do movimento grevista ressaltam que as paralisações são legitimas e que a Polícia Civil do Estado do Maranhão busca seus direitos através da mobilização grevista com respaldo na lei.
O diretor do SINPOL, Rocha, enviou mensagem aos policiais civis do interior do Estado:
“Companheiros, essa não é a hora de condenar e muito menos crucificar alguém ou alguma instituição. Em São Luís a violência impera. Desse jeito nunca teremos o apoio da sociedade. No interior não tem facção criminosa, mas em São Luís tem. Não sejamos egoístas, sejamos compreensíveis. A paralisação prossegue no dia 13 de outubro.”
Apesar da suspensão da paralisação de advertência dessa semana, está mantida a terceira paralisação de advertência no período de 13 a 17 de outubro, sendo analisada a possibilidade de greve por tempo indeterminada, em Assembleia a ser realizada no final da tarde do dia 17 de outubro.
Além da Gratificação de Natureza Técnica, a categoria reivindica a Dedicação Exclusiva para o Policial Civil, as melhorias das condições de trabalho, a contratação dos excedentes que fizeram academia e estão aptos a assumir os cargos e minimizar o baixo efetivo e o reajuste das gratificações congeladas desde 2007.
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