A entrevista do governador Flávio Dino á folha, ganhou muito mais repercussão fora do Maranhão do que dentro do estado, corroborando o ditado no qual “ninguém é profeta em sua própria terra”. Seja lá como for o que repercutiu favoravelmente para o governador foi a demonstração clara e concisa do conhecimento que possui sobre os principais problemas que preocupam os maranhenses, principalmente a questão da segurança pública a qual inclui o crônico problema do complexo penitenciário de Pedrinhas.
Porém, a maior repercussão e a maior desconfiança ocorreram justamente em decorrência da promessa da revolução burguesa, na qual Dino promete um choque de capitalismo para o Maranhão. O interessante é que o capitalismo não é uma ideologia e sim uma forma de organização social que perdura por séculos justamente por ajustar-se perfeitamente às mudanças, assim tudo e qualquer coisa pode ser classificada como “capitalista”, vejam o exemplo da China.
Prefiro acreditar que a revolução burguesa ocorrerá via mercado, no entanto a grande preocupação que surge é justamente de quem será este mercado, pois por mais de trinta anos este mercado esteve restrito aos amigos do Rei. De acordo com Dino, serão realizados fortes investimentos em infraestrutura, habitação popular e coisas do gênero, porém isso não é suficiente para caracterizar a revolução burguesa, lembrem-se que o Sarney também começou assim.
Para saber se a revolução é verdadeira ou não, devemos atentar para três sinais: o perfil do secretário de Industria e Comércio; O perfil das empreiteiras que participarão desta reconstrução; perfil do investimento que chega ao Maranhão. Se o secretario pertencer ao quadro de figuras conhecidas, as empreiteiras que realizarão as obras forem as mesmas conhecidas e o perfil de investimento for o mesmo do “X” então teremos mais do mesmo, porém se tudo for o contrario do exposto, então a serpente acordou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário