Passados os primeiros nove meses de mandato do governador Flávio Dino (PCdoB), é possível avaliar com clareza que uma outra história da política começa a ser escrita no Maranhão. São outros atores, outras forças políticas, novas relações de poder. Obviamente que alguns nomes se repetem: aqueles velhos e pequenos camaleões que se alimentam das migalhas de qualquer governo, mas sem qualquer poder de decisão.
O governador Flávio Dino impõe o seu estilo de governar, baseado em valores de sua experiência acumulada ao longo de anos como líder estudantil, ativista dos direitos humanos, juiz federal, líder dos magistrados e parlamentar de atuação destacada. Firme, decidido, corajoso e, em algumas vezes, impulsivo.
Para fazer valer o seu estilo de governar, Flávio Dino conta com um aliado fiel, e algumas vezes mal compreendido por alguns setores da velha política de troca de favores. Márcio Jerry, o secretário de Assuntos Políticos e Federativos, é na verdade o grande articulador do governo, responsável pelas costuras mais desafiadoras e pelas medidas mais enérgicas e austeras até aqui adotadas pelas administração estadual, tudo em nome do estilo de trabalho do governador.
Márcio Jerry é, sem dúvida, o homem forte do governo. E será até o final da gestão. Porque ele não faz nada sem a anuência de Flávio Dino. Todos os secretários sabem disso e reconhecem em Márcio Jerry o papel determinante na construção da aliança eleitoral que levou Dino ao governo e na formulação das políticas públicas que norteiam a gestão estadual.
Não é de hoje que Flávio Dino e Márcio Jerry trabalham em perfeita sintonia. Essa relação de confiança mútua vem de longe, desde os tempos de universidade. Além de ser o grande articulador do governo no plano estadual, Márcio Jerry conhece os caminhos da política no governo federal, tem trânsito fácil e é respeitado pelo alto comando do PCdoB nacional, hoje um dos principais partidos da base aliada de Dilma.
Márcio Jerry tem lastro hoje para disputar mandato eleitoral em qualquer esfera. Não é à toa que o seu nome vem sendo lembrado para as alianças políticas de 2016. Mas é pouco provável que caia na tentação de eventuais convites. Prefere ficar no governo para continuar ajudando na gestão de Flávio Dino. Mas em 2018 a história pode ser outra. Vale esperar.
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