Sagrima reúne instituições para formação do comitê gestor do Plano de Irrigação do estado

Para o início da elaboração do Plano Diretor de Irrigação do Maranhão, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária, reuniu-se, na última quinta-feira, 11, com secretarias de estado e entidades relacionadas às atividades agropecuárias e industriais e ao uso da água para formar o comitê gestor, que atuará em contato direto com a Secretaria Nacional de Irrigação, ligada ao Ministério da Integração Nacional.

As Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Pecuária, Agricultura Familiar, Cidades, Infraestrutura, Ciência, Tecnologia e Inovação e a Caema, além da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), Sistema FAEMA/SENAR e Embrapa, estiveram presentes na reunião e indicarão, cada uma, dois representantes para o comitê.

O plano consiste em um relatório, completo e detalhado, sobre a infraestrutura e tecnologia da irrigação. Estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul já contam com planos próprios, que orientam não somente políticas públicas relacionadas ao setor produtivo, como servem de bancos de dados de domínio público para produtores e investidores. Os planos de irrigação dos estados são viabilizados por meio de recursos do Banco Mundial. O convênio Governo do Maranhão – Ministério da Integração Nacional foi celebrado em agosto.

“Atualmente já estamos sofrendo consequências da realização de irrigação sem estudos prévios, por isso é louvável a elaboração deste plano, com base em um levantamento abrangente, de modo que possamos realizar as atividades sem comprometer a preservação de rios e mananciais. A SEMA está à disposição para colaborar”, observou o secretário de Meio Ambiente, Marcelo Coelho.

As informações que estarão no Plano Diretor de Irrigação abrangem desde as redes de energia e transporte até a organização da comercialização atualmente realizada no estado, até a conservação de solos e água, além de medições objetivas do consumo de água pela agricultura irrigada. A normalização dos barramentos, a gestão integrada das microbacias hidrográficas, o planejamento de ações fundiárias e ambientais voltadas para a produção de hortaliças e frutas são algumas das ações possíveis por meio do plano.

“Esse plano mostrará, de fato, qual o potencial de irrigação do Maranhão, por isso sua grande importância para a atividade produtiva”, observou O gerente técnico do Senar, Carlos Antônio Feitosa

Para o secretário de Agricultura e Pecuária, Márcio Honaiser, esta é mais uma grande oportunidade de crescimento para a produção do estado, que está também entre os componentes do MATOPIBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), uma das últimas e maiores fronteiras agrícolas brasileiras. “A meta do Governo Federal é duplicar a área irrigada do Brasil e o Maranhão, como um dos estados com maior capacidade de expansão, tem muito a se beneficiar e pode se tornar referência para o restante do país, a partir de um grande trabalho em equipe realizado pelo Governo do Maranhão e seus parceiros”, destacou.