
O embarque bem-sucedido de cinco mil bois vivos pelo Porto do Itaqui, finalizado na quinta-feira, 26, representa mais uma oportunidade de negócios para a pecuária maranhense, que hoje conta com mais de 7,5 milhões de cabeças de gado. Apesar de ter sido realizada em caráter experimental, respondendo a uma contingência, já que o Porto da Vila do Conde, no Pará, teve as atividades suspensas, a operação já está sendo analisada pela direção do porto, pela empresa exportadora e pela Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, para que, em breve, possa se tornar parte do portfólio de negócios do Itaqui.
Com base nessa avaliação, o Governo do Maranhão dará continuidade aos estudos de viabilidade desse tipo de exportação, buscando beneficiar o produtor maranhense. “O sucesso desse primeiro embarque abre novas possibilidades para o pecuarista, que verá mais vantagens em manter seus novilhos e bezerros no estado, para crescerem e daqui embarcarem. Estamos trabalhando para valorizar nossos produtos e adensar a cadeia produtiva da carne do couro, pensando não só no boi em pé, como na carne processada, que no início de 2016, também poderá ser exportada, via contêineres refrigerados. São dois novos caminhos que se abrem, onde queremos que o produtor maranhense seja protagonista”, explica o secretário de Agricultura e Pecuária, Márcio Honaiser.
A sanidade do gado maranhense, certificado como livre de febre aftosa com vacinação e com recorde de cobertura vacinal de 98,82%, viabiliza essa nova operação comercial. “O embarque só foi possível porque hoje o estado é livre de febre aftosa com vacinação. Isso dá oportunidade para que os pecuaristas do Maranhão comecem a investir mais para exportarmos o nosso gado”, disse o presidente da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), Sebastião Anchieta.
O fortalecimento do sistema de inspeção estadual e a construção de matadouros regionais permitirão, num futuro próximo, a maior oferta de carne processada de qualidade, para os mercados interno e externo. “Há um trabalho forte voltado para a cadeia produtiva da carne e a AGED está preparada para fazer o trabalho de fiscalização e, logo que construídos, os novos matadouros receberão o Serviço de Inspeção Estadual, tornando muito mais tranquilas as operações de exportação dos nossos produtos”, ressalta Anchieta.
A Minerva Foods, empresa exportadora responsável pela venda nessa primeira operação, destinada à Venezuela, trabalha para negociar gado maranhense em operações futuras. “A nossa ideia é de se estabelecer aqui, em médio prazo, e ter no Maranhão uma opção de originação de gado vivo. Estamos nos organizando para montar uma área de isolamento, para pré-embarque, cumprindo a determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o que significa que viemos para ficar”, explica o diretor de operações de exportação de gado vivo da Minerva, Gustavo Marin.
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