BRASÍLIA - A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF também tem ordem de busca e apreensão na casa de Cunha na Barra da Tijuca, no Rio. Ainda foram realizadas buscas nas residências do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) e do senador Edison Lobão (PMDB-MA), assim como em endereços do ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves e do da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, ambos do PMDB. Agentes da PF estão a caminho da Câmara dos Deputados. O alvo, segundo a GloboNews, é a diretoria-geral da Casa.
Na residência oficial de Cunha foram apreendidos três celulares pertencentes ao presidente da Câmara. A PF apreendeu também ipad e laptop na casa de Cunha, segundo disse ao GLOBO uma fonte que acompanha o caso de perto. A mulher do peemedebista, Cláudia Cruz, está na residência oficial. Teori também autorizou devassa nos emails de Eduardo Cunha.
Estão sendo realizadas buscas também na casa do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, no Ceará, e em escritórios de advocacia e em empresas com contratos com a estatal. Machado foi indicado pelo cargo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, também alvo da Lava-Jato.
A sede do PMDB em Alagoas, controlado por Renan, também é alvo.
Já é Henrique Alves é da cota do vice-presidente Michel Temer, enquanto Pansera foi indicado pelo ex-líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, que está à frente do grupo partido contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Pansera foi acusado, no entanto, pelo doleiro Alberto Youssef, de "pau-mandado" de Cunha por, supostamente, não prejudicar o presidente da Câmara.
No total, 53 mandados de busca e apreensão em sete processos abertos a partir de inquéritos abertos no STF. Estão sendo cumpridos mandados em Brasília (9), São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).
As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.
O corretor Lúcio Funaro, amigo de Cunha, também foi alvo das buscas em São Paulo. Funaro, um dos investigados no mensalão, mantém estreitas relações com o presidente da Câmara.Em recente entrevista ao GLOBO, Funaro chegou a dizer que tempos atrás deu dinheiro para campanha de um deputado a pedido de Cunha.

Nenhum comentário:
Postar um comentário