Com foco nos estudantes de 8º e 9º ano, o objetivo é despertar nos próprios estudantes a consciência para o combate à violência, bem como a percepção correta sobre as formas de agir diante das ocorrências. "Trata-se de um projeto de grande valor, na medida em que estimula o protagonismo juvenil, uma vez que eles próprios aprendem a reconhecer essas ocorrências e discutem formas de combatê-las. O desejo do prefeito Edivaldo é que assim possamos orientar o desenvolvimento de nossos estudantes para uma cultura de paz e de respeito ao próximo", disse o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho.
A partir do diagnóstico, feito com informações coletadas pelos próprios estudantes, é realizada uma construção coletiva de alternativas para prevenção e enfrentamento à violência. Durante quatro meses, os estudantes das Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Sá Valle (Anil), Henrique de La Roque (Vila Embratel), Justo Jansen (Centro) e Cidade Olímpica (Cidade Olímpica), foram capacitados e receberam um kit com material de apoio antes do início do trabalho em campo. Cada escola aplicou um questionário para mapear as percepções e sentimentos dos colegas no dia-a-dia da escola.
Os resultados foram apresentados em um seminário realizado no auditório do Liceu Maranhense, com a presença de todas as escolas participantes e da coordenadora da área de juventude e políticas públicas da Flacso, Miriam Abramovay. "É preciso que haja diálogo entre alunos, professores e todos os atores sociais do espaço escolar, para que a escola seja um espaço prazeroso e para que as relações de convivência entre os nossos estudantes sejam positivas. Nosso objetivo, através deste projeto, é ajudar nessa conversa, estimular o diálogo", explicou Miriam Abramovay.
O professor Damyão Carneiro da Costa, que monitorou as atividades do programa na U.E.B. Sá Valle, o programa complementou várias atividades já desenvolvidas nesse sentido no ambiente escolar. "Trabalhamos com palestras, vídeos, documentários educativos, projetos de conscientização, combate à violência e o resgate de valores para a paz na escola. Os estudantes fizeram pesquisa de campo e sugeriram suas próprias estratégias para solucionar os problemas que detectaram", disse o professor.
Gabriel Pavão da Rocha, 15, estudante do 9º ano, contou como foi importante participar do levantamento. "Foi bastante produtivo. Fizemos uma análise crítica sobre a violência e os vários tipos que ela pode acontecer dentro e fora da escola. Conversei com vários colegas, que contribuíram com boas ideias". Thalison Mateus Silva Trindade, 15, destaca que qualquer iniciativa que busque combater a violência no ambiente escolar é positiva. "O respeito e a tolerância entre os alunos e professores é fator essencial para um ambiente de paz", concluiu.
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