Por Daniel Matos
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) não teve do que reclamar em 2015 quando o assunto são os repasses destinados a São Luís pelo Governo Federal. Segundo informa o Portal da Transparência, foram nada menos do que R$ 841.435.401,77 enviados à capital maranhense em verbas oriundas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre outras rubricas.
Só em recursos de FPM, São Luís recebeu, ano passado, mais de R$ 311 milhões, dinheiro que, se tivesse sido bem aplicado, resultaria em benefícios importantes para o povo, suficientes para melhorar a vida de tanta gente sofrida. Porém, foram raras as benfeitorias, em todos os setores, da saúde à educação, da infraestrutura ao transporte, passando pela cultura e a assistência social.
Na saúde, apesar de a prefeitura ter recebido mais de R$ 256 milhões em 2015, o que dá uma média mensal de mais de R$ 20 milhões em repasses, o que se viu foi hospitais, unidades mistas e demais estabelecimentos sucateados. Além da estrutura precária, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais passaram boa parte do ano com os salários atrasados e pouco motivados a atender adequadamente os pacientes.
Outra área muito bem contemplada foi a educação. Além da verba do Fundeb, maior fonte de recursos, que somou quase R$ 250 milhões em 2015, São Luís recebeu dinheiro federal para a merenda, para o transporte escolar, dentre outras finalidades. Ainda assim, o ensino pouco evoluiu, para desgosto de pais, alunos e professores, a cada dia mais massacrados por um sistema cuja má gestão compromete gravemente o aprendizado.
Se de um lado o prefeito foi contemplado com fartos recursos federais, que atenuaram os efeitos da crise financeira nacional em sua administração, de outro, a população continuou aguardando os tão esperados benefícios, exaustivamente prometidos em campanha, mas ainda muito distantes da realidade.
O fiasco dos dois primeiros anos da gestão de Holandinha se repetiu em 2015, apesar de ele ter passado a contar com o apoio do governo, que tanto comemorou. Enquanto a parceria Estado/Município se mostra pouco frutífera para o povo, as chances de reeleição do apático prefeito vão minguando dia após dia
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