quarta-feira, 16 de março de 2016

Novo restaurante popular do São Francisco reforça política de segurança alimentar do Maranhão

Este é o primeiro restaurante popular da gestão Flávio Dino, que em abril entregará mais quatro destes equipamentos de segurança alimentar, desta vez no interior do estado. Foto: Tony Maciel
 
Moradores do São Francisco e de bairros próximos, em São Luís, contam, a partir desta quarta-feira (16), com um novo espaço público para alimentação saudável e nutritiva a baixo custo. Por apenas R$ 2 por refeição – almoço ou jantar – a comunidade poderá se servir no Restaurante Popular, inaugurado nesta quarta pelo governador Flávio Dino. O equipamento social é gerenciado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes) e tem capacidade para oferecer, por dia, 1.100 refeições no almoço e outras 550 no jantar. Esta é a sétima unidade pública de alimentação na região metropolitana de São Luís e está instalada na Rua 08, Quadra B, nº 18.
 
Este é o primeiro restaurante popular da gestão Flávio Dino, que em abril entregará mais quatro destes equipamentos de segurança alimentar, desta vez no interior do estado. Zé Doca, Chapadinha, Pedreiras e Lago da Pedra receberão os espaços. Atualmente, a região metropolitana já dispõe de restaurantes populares nos bairros da Cidade Olímpica, Maiobão, Vila Luizão, Liberdade, Coroadinho e Anjo da Guarda. Ao todo, a gestão estadual pretende instalar 42 unidades – entre cozinhas comunitárias e restaurantes populares em todo o Maranhão. Segundo o governador Flávio Dino, além de trazer benefício direto à população no combate à fome, os espaços fomentam o desenvolvimento agrícola, a partir da aquisição de produtos da agricultura familiar.
Esta é a sétima unidade pública de alimentação na região metropolitana de São Luís e está instalada na Rua 08, Quadra B, nº 18. Foto: Divulgação“Estamos completando aquilo que consideramos a principal marca de governo: a preocupação com o social, com as pessoas. Recebemos o governo com seis, estamos inaugurando o sétimo, em abril inauguraremos mais quatro. Significa que em pouco mais de um ano de gestão, vamos duplicar a rede de atendimento em restaurantes populares. Estamos ampliando a segurança alimentar e gerando mercado para os nossos produtores. Nossa orientação é que todos esses equipamentos cada vez mais comprem alimentos que sejam produzidos pela agricultura familiar, para que com isso, nós, mediante investimentos do governo, possamos gerar emprego e renda no chamado Cinturão Verde da ilha e em outros municípios”, detalhou o governador.
Cleidiane Vieira Campos é cabelereira e mora no São Francisco. Com 33 anos, Cleidiane tem quatro filhos e já vislumbra a utilidade do restaurante popular no seu dia a dia, inclusive para a melhoria da qualidade da alimentação das crianças. Já sentada à mesa com a prole, a cabelereira esperava a primeira refeição no novo restaurante do bairro. “Vou vir almoçar todo dia, venho também no jantar. É bom, porque em casa, elas são ruins para comer e talvez aqui elas comam melhor. Esse restaurante vai me ajudar e muito a economizar dinheiro”, comentou CLeidiane.
A cuidadora de idosos Juliná Frazão Ribeiro, de 23 anos, também levou as filhas para experimentar o tempero do restaurante público. “Vou vir outros dias. Achei muito interessante porque estávamos precisando mesmo, aqui no São Francisco, de um restaurante comunitário para reorganizar a alimentação das pessoas. Muitas delas não têm condição de se alimentar bem”, opinou Juliná.
Durante o discurso na cerimônia de inauguração do novo espaço, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, lembrou que o Maranhão foi o terceiro estado a lançar o Plano Estadual de Segurança Alimentar, um dos fatores que o fez destaque no cenário nacional. “Deixamos de ser um estado coadjuvante na política de segurança alimentar em todo o Brasil para passar a ser um estado protagonista. O Maranhão hoje é elogiado no Ministério de Desenvolvimento Social pela política adotada”, afirmou Neto Evangelista.
Segundo ele, os espaços propiciam mais qualidade à alimentação e principalmente mais dignidade a quem os utiliza. “Os restaurantes populares hoje não são apenas instrumentos de fornecimento de alimentação, mas de alimentação balanceada e adequada, com acompanhamento de nutricionistas, instrumento de dignidade e cidadania”, apontou o secretário de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista.
A aposentada Maria José Rodrigues Abreu, de 77 anos, que mora há 44 anos no São Francisco concorda com a visão do secretário. Hoje, ela junta alumínio, cobre e ferro velho para vender e adquirir mais renda para seu sustento. “Preciso comprar remédios que são caros”, explica. Para ela, o restaurante popular servirá como alternativa para fazer as refeições. “Acho interessante, muito bom ter esse lugar novo aqui, porque já ajuda a gente com alimento”, disse.
O carpinteiro Josué de Sousa Almeida, 36 anos, também comentou que terá um problema a menos com a inauguração do restaurante. “Estou achando ótimo e quero que todos os meus colegas também venham se alimentar bem, porque isso foi feito para nós mesmos. Quero que continue desse jeito. Vou trazer meu filho e vou vir comer todo dia aqui”, declarou o carpinteiro.

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