quarta-feira, 9 de março de 2016

PINHEIRO, ONDE HÁ PRECEDENTES: Empresário Sinval Moreira faz uma análise histórica dos 20 anos da politica de Pinheiro


Othelino, Ana Paula e Flávio Dino

ATO I – GÊNESIS. E foi assim...
Manoel Maria Soares Paiva, o Maneco.
Prefeito por três vezes. Formado no berço dos Paivas e muito longe da academia. Mesmo tendo isso em desfavor, foi o menos ruim dos seis inquilinos do poder municipal nesses mais de 20 anos. Contemporâneo do profuso filho da terra, José Sarney, Maneco perdeu a maior das oportunidades de fazer de Pinheiro um exemplo de cidade.
Antônio Américo
Pedro de Sousa Lobato, Pedro Lobato.
10 anos no poder e nada quis fazer. Este, sem duvida será o epitáfio perfeito para o prefeito Pedro Lobato. Vocacionado, só que aos rastros do boi, imaginou ser senhor de um grande curral. Por isso deixou a prefeitura aos “cuidados” de Filuca e restou encurralado. Os anos do  governo Pedro Lobato foram marcados pela vinda -nunca chegada- dos mega projetos originados em Brasília. 

ATO II – A CHUVA. Estava assim...
José Genésio Mendes Soares, Zé.
Filuca Mendes
Filho de São Bento, mas podia ser carioca. Candidato derrotado em sucessivas eleições, fez de sua reconhecida ginga, arma. E, em um vácuo de lideranças, subiu os degraus do executivo. Logo teve que descer... Zé Genésio foi empurrado por sua volúpia, e com grandes doses de vaidade deixou Pinheiro de ressaca, com as contas públicas feridas, que nem o médico, Aquiles Ribeiro (seu substituto) conseguiu estancar.
Filadelfo Mendes Neto, Filuca.
Fez de Pinheiro o seu Maranhão e canta que o Sarney lhe deu calçado de menor tamanho e, em retribuição da ofensa, devolve o numero 37 para a população. Cópia em preto e branco de oligarca, político de baixa resolução, trata público e privado na mesma dimensão. Dono de um patrimônio invejável, adquirido durante suas passagens pela prefeitura, assembleia e secretarias de estado. Filuca escarneia os adversários sempre que lhe apontam e o chamam a razão.
Em um desmonte brutal da cultura nunca antes visto em Pinheiro, fomos da boa música tocada na “Verdes Campos” e nos festivais para o forró escrachado da “Só Festa Produções”. Aos moldes do Nazista Goebbles: consorciando propaganda, cerveja e circo, Filuca consolidou seu projeto de poder. 
Para Mendes, política é obrigação, e mandato é hereditário. Nessa sina, o filho recebeu do pai mandatos de legislador e secretário.
Leonardo Sá
Das guaritas da Vale, as guaridas do vale-tudo do poder, Filadelfo tornou-se o fenômeno dos negócios, o sabiá, o dono das palmeiras, dos hotéis, das distribuidoras, das televisões, das rádios, das construtoras e, se acha; do povo.
Calejado por seu tempo de gueixa e sem perspectiva de usar 42, Filuca escolhe ficar por aqui e se diverte na gangorra com seus frágeis adversários. Vale um quarto mandato?
ATO III – NO MEIO DO ARCO IRIS... A desesperança.
Zé Arlindo Ribeiro, Zé Arlindo.
Subiu aos céus, no terceiro dia. Deixando seu benfeitor, Filuca, no purgatório por quatro longos anos. Na movimentada eleição de 2008, Zé Arlindo, patrocinado integralmente por aquele de quem era o vice, sagrou-se prefeito de Pinheiro, contra as candidaturas insurgentes de Luciano Genésio, “O quase” e do Dr. Léo Santos Castro, irmão do Eri e por ai vocês tiram...
Durante os anos de seu mandato, Zé Arlindo permaneceu imóvel por conta da pressão de cima: à época Roseana era a Governadora; Victor, Deputado; e Filuca, Secretário (com status de lord).
Combalido e, por isso, desnorteado, lançou-se à reeleição em uma coalizão desgovernada, tendo Luciano como vice, Leonardo Sá como vereador/cabo eleitoral. E, em uma manobra (essa, sim, Genial), Filuca voltou a prefeitura rugindo moralidade.
Luciano Genesio
ATO IV – SEM POTE DE OURO. Há luz...

O ano é 2016. Pinheiro, cidade de 159 anos, encravada em uma região de alto potencial natural e vasta biodiversidade e, mesmo assim, arrasta-se (ou é arrastada) em índices de miséria e analfabetismo equiparáveis aos países africanos.
Enquanto Deus desenhava a paisagem, Sarney falava sobre ela. Já os demais políticos que não conhecem de verso ou prosa, (talvez) de tão encantados, permaneceram inertes.
Pinheiro que era a escola do intelecto regional, declinou já ao final do século XX, tornando-se terra fértil para o oportunismo e a proliferação de políticos desqualificados.
Dejavú no ano eleitoral. Com cheiro de película velha, as eleições de Pinheiro remontam ao velho oeste, com o mesmo protagonista e seu batalhão de coadjuvantes.
O COFO
- Na ponta: Filuca Mendes, sem comentários.
- No quase: Luciano Genésio, ocioso e muito preocupado com suas questões pessoais, a ele faltou quem dissesse que política não era profissão.
- No nunca: Leonardo Sá, retirante da Paraíba, veio com seus familiares após um sonho com “Padim Ciço”, de quem pensa ter as bênçãos, para ser prefeito de Pinheiro.
- Na esportiva: Antônio Américo, filho de uma tradicional família pinheirense, trabalhou, estudou e inicia um projeto de retorno à cidade e suas origens.
- Na esperança: Ana Paula e o Governo, é o surgimento de uma opção consistente, com grande força de atração na atmosfera política do Estado, seu grande diferencial competitivo e que pode lhe alçar à liderança da cidade.
Contudo, ‘’ Vive Pinheiro ainda...”

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