A fruticultura brasileira é um dos setores mais dinâmicos da economia. Pesquisas de ponta, introdução de novas tecnologias e forte interação com os mercados globais são algumas de suas características. O XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura irá traçar um painel abrangente de todas essas mudanças e das perspectivas que se apresentam tanto para quem produz quanto para quem consome. Pela primeira vez o evento ocorre no Maranhão, entre os dias 16 e 21 de outubro de 2016, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, do Sebrae. O congresso reunirá os principais atores da fruticultura no país: pesquisadores, professores, extensionistas, estudantes de graduação e pós-graduação, produtores e técnicos de empresas públicas, privadas e ONGs ligadas ao setor.
Segundo Ricardo Elesbão, pesquisador da Embrapa e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), o consumidor “está mais preocupado com o que consome”. “Nos últimos 20 anos, o setor avançou graças à iniciativa privada e aos vários programas de governo que fizeram com que nossos produtores se capacitassem para produzir frutas com mais qualidade. O consumidor está cada vez mais preocupado com a saúde. “Quer frutas com menos produtos químicos e mais benefícios a saúde e o mercado está atento a essas demandas”, pondera.
Para o pesquisador, as fruteiras nativas demostram ser sustentáveis, pois podem ser exploradas em seus locais de origem. “A fruticultura brasileira é baseada em frutas tidas como tradicionais, a exemplo da manga, uva, mamão, banana, dentre outras. Há uma grande possibilidade de obter ganhos econômicos com espécies não tradicionais (nativas e exóticas), de ocorrência do Brasil que podem ser exploradas na própria natureza de modo sustentável, sendo bons exemplos disso o cajá e o açaí”, ressalta.
Mesmo considerando um cenário que envolve mudanças climáticas, a fruticultura no país mostra-se em expansão. Para Ricardo Elesbão, é natural que essas mudanças afetem mais as espécies cultivadas. Entretanto, a Embrapa e as universidades tem trabalhado no sentido de minimizá-las. Em relação a água, comenta: “A produção de frutas no Brasil é quase toda dependente de chuva e/ou irrigação e a várias instituições desenvolvem
tecnologias para que essas plantas, produzam de forma econômica. Adicionalmente, a Embrapa tem considerado esse e outros fatores e está trabalhando na questão do melhoramento procurando desenvolver variedades que possam se adaptar a essas mudanças”, finaliza.
Ricardo Elesbão destaca a realização de cinco câmaras técnicas sobre espécies nativas, uma para cada região do Brasil. Elas têm como finalidade fazer o levantamento das espécies frutíferas pesquisadas, mapear os grupos de pesquisa existentes e traçar as perspectivas para o mercado de frutas de forma regionalizada.
Mesas redondas, conferências e minicursos abordarão temas relevantes e tendências do setor, como: "Mercado e difusão das frutas nativas", "Qualidade e uso da água na fruticultura", "Indicação geográfica para a Fruticultura: experiências, desafios e oportunidades", "Miner Crops", "Agroecologia e a fruticultura" e "Frutas na indústria".
Durante o congresso, será realizada a entrega do Prêmio Jovem Cientista em Fruticultura. O prêmio é concedido ao melhor trabalho de iniciação científica e às melhores dissertações de mestrado e teses de doutorado desenvolvidos na área de fruticultura nos últimos cinco anos.
Sobre a SBF
A SBF é uma sociedade científica sem fins lucrativos que tem como principal missão "apoiar o desenvolvimento da fruticultura nacional e propor medidas em defesa do setor, contribuindo com o fortalecimento do segmento". A sociedade publica periodicamente sua revista científica, a Revista Brasileira de Fruticultura (RBF).
Serviço As inscrições podem ser realizadas no site http://www.fruticultura2016.com.br/. O XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura é promovido pela Sociedade Brasileira de Fruticultura. Pela primeira vez, o evento acontece em São Luís, no Maranhão. Nesta edição, o tema central é ‘Fruteiras Nativas e Sustentabilidade’ e o evento será realizado pelos parceiros: Universidade Estadual do Maranhã (Uema), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Instituto Federal do Maranhã (IFMA) e Governo do Estado do Maranhão.

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