Embora sua equipe econômica, formada por Henrique Meirelles e Ilan Goldfajn, tenha sido apresentada ao público como um "time dos sonhos", Michel Temer, há quatro meses no poder, conseguiu piorar todos os índices econômicos; o mais recente foi a inflação, que bateu em 8,97% e já se aproxima de dois dígitos; além disso, a produção de carros caiu 18,4% em agosto, o rombo fiscal foi o maior da história e o desemprego deve continuar crescendo; daqui a pouco, nem Miriam Leitão conseguirá dizer que tudo é culpa da presidente Dilma Rousseff .
247 – Por maior que seja a blindagem dos meios de comunicação que se engajaram no golpe parlamentar de 2016, os números da economia teimam em desafiar a administração Michel Temer, que está no poder desde o dia 13 de maio deste ano.
Em quatro meses, Temer conseguiu uma proeza: piorou praticamente todos os indicadores econômicos.
O dado mais recente, divulgado nesta sexta-feira, foi a inflação, que subiu 8,97% em 12 meses (leia aqui), aproximando-se perigosamente dos dois dígitos – e isso com Ilan Goldfajn mantendo, no Banco Central, a maior taxa de juros do mundo.
Uma das explicações para a resiliência da inflação é o descalabro fiscal. Depois de receber da presidente Dilma Rousseff um déficit previsto de R$ 70 bilhões, Temer ampliou o rombo em 2016 para nada menos que R$ 170 bilhões. Mas o número pode ser ainda maior porque, sem crescimento, as receitas fiscais da União vêm evaporando. Em julho, o rombo fiscal, de R$ 18,5 bilhões, foi o maior da série histórica (leia aqui).
Incapaz de resgatar a confiança de empresários e consumidores, Temer vêm colecionando também indicadores negativos na indústria. Em agosto deste ano, a produção de automóveis caiu 18,4% (leia aqui).
O desemprego, que já atinge 12 milhões de brasileiros, deve continuar crescendo e, segundo afirmou recentemente o agora ministro Moreira Franco, o número deve chegar a 13 milhões até o fim do ano.
São números tão ruins que, daqui a pouco, nem Miriam Leitão conseguirá dizer que tudo isso faz parte da herança de Dilma Rousseff – uma presidente, que, desde que tomou posse no segundo mandato, foi sabotada pelas forças políticas e pelos grupos de comunicação.
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