segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Governo participa do Xl Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial

 

Experiência do Maranhão com o Plano Mais IDH foi compartilhada com outros estados durante o Fórum de Desenvolvimento Territorial. Foto: Divulgação
 
Fortaleza, a capital cearense, recebeu, do dia 22 até o dia 25 de novembro, o XI Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial, com o tema ‘Intercâmbio de inovações em políticas públicas e práticas de desenvolvimento rural sustentável em zonas semiáridas e de transição da América Latina’. O Governo do Estado, que apoia ações como essa, foi representado pelo secretário de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Adelmo Soares, que durante o evento apresentou o Plano Mais IDH, política pública que tem como objetivo principal promover a superação da extrema pobreza e das desigualdades sociais no meio urbano e rural, por meio de estratégias de desenvolvimento territorial sustentável.
Com representantes do México, Colômbia e de diversos estados do Brasil, o secretário informou que para intervir na realidade de extrema pobreza e insegurança alimentar e nutricional nos municípios de menor IDH, o Governo do Maranhão, por meio da SAF e seus órgãos vinculados (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – Agerp – e Instituto de colonização e Terras do Maranhão – Iterma), promove ações de incentivo à produção de alimentos direcionada aos agricultores familiares, por meio de implantação de projetos produtivos denominados de Sistema Integrado de Tecnologias Sociais (Sistecs).
A finalidade do Sistecs é proporcionar condições de produção para agricultores familiares em situação de extrema pobreza, com vistas a elevar a segurança alimentar e nutricional dessa população e estimular a comercialização do excedente da produção. Atualmente já são mais de 3 mil famílias de agricultores familiares beneficiados com assistência técnica e extensão rural distribuídos nos 30 municípios com menor IDH, com implantação de tanques para criação de peixe, aviários, quintais produtivos e criação de pequenos animais, considerando sistemas de produção adequados à realidade local. Além da assistência técnica, o governador Flávio Dino tem direcionado investimentos a outras áreas como saúde, infraestrutura, educação e cidadania, garantindo ações articuladas para a melhoria da qualidade de vida dos maranhenses e desenvolvimento do estado.
“O Plano Mais IDH é um audacioso instrumento de transformação da população rural do Maranhão, que foi esquecida por muito tempo. Com assistência técnica, o povo produz mais e avança para conquistar segurança alimentar. Nosso objetivo é tornar visíveis os invisíveis devolvendo dignidade e qualidade de vida ao agricultor familiar de nosso estado”, enfatizou o secretário Adelmo Soares.
Durante o evento, o representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Hernán Chiriboga, destacou a importância deste espaço para o compartilhamento de boas práticas de desenvolvimento rural: “Devemos aproximar a cooperação técnica dos tomadores de decisão, e compartilhar as experiências inovadoras com diferentes regiões do Brasil e com outros países para que cheguem ao meio rural”, declarou.
A economista Tânia Bacelar, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tratou do tema ‘Desenvolvimento sustentável: desafios, estratégias e políticas territoriais’ e destacou a importância da agricultura familiar no contexto econômico e político do país. “Nós temos a agricultura familiar, que produz um bem raríssimo no século 21: comida. E sabemos que a comida que vai para a mesa dos brasileiros é produzida pela agricultura familiar”, pontuou Tânia.
O evento foi promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com o Fórum Permanente de Desenvolvimento Rural Sustentável (Fórum DRS) e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA/CE), por meio dos projetos São José III e Paulo Freire. Apóiam a iniciativa o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA); Governo do Ceará; Instituto Agropolos; Banco Mundial; Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia; Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); e Fundação Luís Eduardo Magalhães.

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