A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é a mais nova parceria do Governo do Maranhão em projetos voltados para aquicultura e pesca artesanal, executados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), nas regiões da Baixada e litoral maranhenses.
A iniciativa surgiu da visita de professores e alunos do curso de Engenharia de Pesca da Ufma, campus de Pinheiro, ao projeto de cultivo de sururu, em Bequimão. Durante a visita, o grupo da universidade conheceu o sistema long line (linha longa), aplicado no cultivo do sururu e o potencial da atividade como fonte de renda para a população.
A partir desse encontro, foram discutidas as demandas desse e de outros projetos de cultivo de moluscos, como a questões ambientais e de análise de água, além da pesca artesanal, já praticada nessas regiões.
O professor Danilo Lopes, do curso de Engenharia de Pesca, é de Sergipe, e destacou o potencial do Maranhão para a atividade. “Soubemos da existência do projeto lendo uma matéria na internet e entramos em contato com a prefeitura para agendar uma visita. É uma belíssima iniciativa que serve muito para o desenvolvimento do município e seu entorno. Estamos vendo que a tendência é crescer e queremos ser parceiros nesse trabalho, contribuindo na parte de qualidade ambiental”, destacou
O objetivo do projeto de cultivo de sururu é já ter produção em escala comercial, como o que já acontece com o cultivo de ostras em Humberto de Campos, cujos produtos chegaram aos supermercados pela primeira vez em 2016. Esse projeto, por sua vez, será ampliado para Icatu e Primeira Cruz ainda este ano.
Francisco Amorim, pescador do povoado Mafra, às margens do rio Pericumã, também soube do projeto e quer desenvolver trabalho similar. “Viemos fortalecer o movimento, é uma coisa que está dando certo, que não tinha nessa região e queremos participar”, disse.
Municípios como Guimarães, Cedral e Alcântara também já demonstraram interesse o que, de acordo com o secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, mostra a relevância dessa iniciativa para todos os envolvidos na cadeia produtiva da aquicultura, uma das 10 cadeias prioritárias do Programa Mais Produção. “Esse projeto já vem chamando a atenção de outras instituições, municípios vizinhos e pescadores, o que mostra o grande potencial do cultivo de sururu, como um importante complemento à renda de marisqueiros e pescadores do estado, abastecendo nosso mercado interno e atendendo à demanda de outros estados”, explicou.
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