O deputado federal e coordenador da 
bancada do Maranhão no Congresso Nacional, Rubens Junior (PCdoB), 
encaminhou ao plenário da Câmara o Projeto de Lei (PL) 7935/2017, que 
determina o parcelamento dos cortes do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
 Educação (Fundeb).
“Encaminhamos o Projeto de Lei porque o 
Governo Federal ainda não cumpriu com o compromisso firmado com a 
bancada do Maranhão no Congresso, que seria a edição de uma medida 
provisória que garantiria o parcelamento da devolução de R$ 224 milhões 
para o fundo”, detalhou Rubens Junior.
Em reunião realizada no fim de abril, a 
bancada maranhense e o presidente da Federação dos Municípios do Estado 
do Maranhão (FAMEM), Cleomar Tema, se reuniram com o presidente da 
Câmara, Rodrigo Maia e com os ministros da Educação, Mendonça Filho; e 
de Governo, Antônio Imbasshay. “A medida provisória congelaria o corte e
 permite o parcelamento de forma moderada”, comentou.
A alegação do Governo Federal é que este
 valor seria referente à devolução de repasses adiantados em dezembro de
 2016 ao Estado e municípios. A medida que determina o retorno do valor 
em uma única vez foi publicada no Diário Oficial da União, na Portaria 
nº 565, de 20 abril de 2017, e atinge também os estados do Ceará, que 
perdeu R$ 164 milhões; Bahia, com a perda de R$ 70 milhões; e Paraíba, 
que tem que devolver R$ 35 milhões.
De acordo com o deputado, a medida do 
poder executivo irá causar quebradeira das prefeituras, atraso da 
remuneração dos professores e inviabilizará a educação em diversos 
municípios.
Sobre a devolução de repasses realizados
 em dezembro de 2016, o coordenador da bancada maranhense na Câmara, 
Rubens Junior, destacou que a lei deverá ser cumprida, mas com 
pagamentos de forma diluída e moderada. “O Governo do Estado, quando 
recebeu o valor a mais, ficou cauteloso, pois sabia que poderia ter uma 
perda futura. O governador Flávio Dino já estava preparado. Mas isso é 
uma particularidade da gestão estadual, que está fazendo uma 
administração austera, preparada para estes momentos”, pontuou.
“Já em relação aos municípios, a regra 
não vale. Foram as gestões anteriores que receberam o valor, e não 
tiveram o mesmo comprometimento dos prefeitos recém-eleitos. Muitos 
gastaram esse recurso, ainda que forma leviana, e outros concederam 
aumentos. O corte seria prejuízo para essa nova safra de prefeitos. Um 
verdadeiro caos, que iria sacrificaria a administração de muitas 
prefeituras no Maranhão”, finalizou.

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