sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Aos 20 anos, Banda Bandida lota ruas do Centro Histórico com humor, cortejo e marchinhas

Há 20 anos a Banda Bandida arrasta multidão e, a cada ano, engrossa seu cordão de folião se consolidando como um ícone do carnaval de rua de São Luís. Criada em 1999, a Bandida por onde passa espalha alegria e animação.

Com apoio do Governo do Maranhão, a Bandida marcou presença na programação oficial do Pré-Carnaval de Todos deste ano e se prepara para última apresentação da temporada 2019 neste sábado, dia 23.
Com concentração na Fonte do Ribeirão, a banda de palco bota todo mundo pra dançar a partir das 16h. Quem comanda a festa por lá é a dupla Daniel e Adriana, que embala os brincantes com marchinhas e o melhor da música popular brasileira.
No início da noite, a banda de cortejo arrasta centenas de foliões pelo Centro Histórico de São Luís, passando pela Rua do Sol, Beco do Pacotilha, Rua do Egito, até regressar para a Fonte do Ribeirão.
Sempre com o lema “Muita saliência e nenhuma violência”, a Bandida completou este ano 20 anos de uma história de muito sucesso. Mas tudo começou apenas como uma brincadeira entre amigos, como conta o comerciante Milton Gadelha, um dos fundadores da Bandida. Ele, o jornalista Raimundo Garrone, o advogado Mário Moraes e o artista plástico José Roberto Lameiras (já falecido) foram os precursores do projeto.
“Na época, o carnaval tava meio fraco. A gente tava conversando na Praia Grande e passou uma banda das meninas da [Rua] 28, uma bandinha com seis mocinhas dançando e umas cinco pessoas batendo lá um tambor. Um olhou pro outro e disse: ‘vamo fazer uma banda!’. ‘Mas qual vai ser o nome?’. Aí alguém disse ‘Bandida’ e a gente não sabe até hoje quem foi”, relembra Milton Gadelha.
Brincadeira popular
Milton Gadelha garante que, ao longo dessas duas décadas, a banda manteve sua essência popular, apesar da famosa boneca Bandida já ter sido destaque até no Jornal Nacional, da TV Globo.
“Na Bandida cabem todos. Do povo, do mais pobre e do mais rico. A gente não tem abadá, não tem corda, não tem restrição nenhuma. É para qualquer classe social, para qualquer idade”, diz Gadelha.
“A Bandida não tem escritório, a Bandida tem comando, tem esconderijo. Os músicos não são músicos, são contrabandistas, os seguranças não são seguranças, são leões de chácara. E nós somos os comandantes”, brinca.


“Tava todo mundo lá na porta do Plantão Central. Aí um doido disse: ‘invade!’. A banda de música e os brincantes entraram na delegacia. Deu uma complicação, mas não foi nada demais”, conta.Ele lembra de momentos áureos e cômicos da banda, ao citar que a Bandida chegou a levar 10 mil pessoas para a rua e quando se reuniu na porta da antiga delegacia da RFFSA para esperar pela saída dos detidos do carnaval na quarta-feira de cinzas.

Apesar de ser conhecida do Centro Histórico, a Bandida já animou o carnaval na Avenida Litorânea e na Península da Ponta d’Areia. Há dois anos a banda se fixou na Fonte do Ribeirão, mas manteve o carnaval seguro, saudável e alegre, reforça Gadelha.
“Graças a Deus, nunca teve problema nenhum grave, tanto que a gente está fazendo 20 anos de brincadeira de rua. Sempre bem aceita em todos os tempos”, comemora.
A Banda Bandida se apresentou em todos os sábados do mês de fevereiro no Pré-Carnaval de Todos, evento realizado pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Sectur), e em parceria com a Prefeitura de São Luís. Para o carnaval, a Bandida tem agenda confirmada em três dias de folia momesca no município de Caxias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário