A primeira etapa do Projeto “Sétima Arte e Socioeducação” foi lançada pela Vara da Infância e Juventude de Timon e Fundação da Criança e do Adolescente (FUNAC). O projeto, que está sendo desenvolvido de forma coletiva, tem o objetivo de contribuir para a construção de um novo projeto de vida, sem drogas e sem violência, para os adolescentes apreendidos.
Na manhã de sexta-feira, 22, no auditório do Tribunal do Júri do Fórum de Timon, foi realizada uma palestra de formação das equipes da Vara da Infância e de duas unidades da Funac, que atuarão na construção do projeto. A palestra, no formato semipresencial, foi ministrada pelo cineasta e professor Beto Matuck, e abordou a contribuição do cinema na socioeducação de adolescentes em conflito com a lei.
Matuck é diretor do longa metragem “Celso Antonio, Brasileiro”, documentário que resgata a trajetória do escultor modernista de Caxias (MA), Celso Antônio de Menezes (1896-1984), que participou do movimento modernista na arte brasileira e foi assistente do escultor francês Antoine Bourdelle.
A palestra foi assistida pelo juiz Simeão Pereira (titular da Vara da Infância e Juventude); comissária de Justiça Juliana Mendes; Jaciane Beatriz Guedes Rodrigues (CREAS); Naiara Cunha (Centro de Internação Provisória) e pelas integrantes da equipe técnica do Centro de Semiliberdade: Maria de Fátima Oliveira, Daniele Gomes, Dannyara Sousa, Katiúscia Lima.
RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA DOS ADOLESCENTES
A proposta do projeto “Sétima Arte e Socioeducação" é que as equipes elaborarão a lista de filmes, ouvindo os próprios adolescentes apreendidos, com ênfase nas películas que explorem temáticas identificadas com a sua identidade cultural e comunitária, que possam contribuir para despertar valores éticos e contribuir para a construção da cultura da paz.
Antes da exibição, os adolescentes serão informados sobre o filme que será exibido nas sedes dos Centros de Semiliberdade e de Internação Provisória, uma vez por semana. No dia seguinte à exibição do filme, os adolescentes, seus familiares e equipe técnica participarão de “Círculos de Construção de Paz”, sob a coordenação de facilitador em Justiça Restaurativa, discutindo a mensagem de cada filme e o quanto ela pode representar na ressignificação de vida desses adolescentes.
Segundo a comissária Juliana Mendes, a FUNAC oferecerá a estrutura adequada para as sessões dos filmes, e os facilitadores para atuarem nas rodas de diálogos com os adolescentes.
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