IX EMEMCE e IX SIMPERGEN acontecerão de 17 a 20 de outubro deste ano. Evento será 100% on-line
O IX Encontro Maranhense sobre Educação, Mulheres e Relações de Gênero no Cotidiano Escolar (EMEMCE), e o IX Simpósio Maranhense de Pesquisadoras(es) sobre Mulher, Relações de Gênero e Educação (SIMPERGEN) acontecerão 100% on-line, no período de 17 a 20 de outubro deste ano. As duas agendas resultam da atuação acadêmica do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação, Mulheres e Relações de Gênero (GEMGe), do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
As inscrições com submissões de resumos de trabalhos científicos devem ser realizadas até o dia 2 de outubro no site https://www.even3.com.br/ixememceeixsimpergen/ O GEMGe iniciou suas atividades, em 15 de fevereiro de 2002, com apoio do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Mulher, Cidadania e Relações de Gênero (NIEPEM), afiliado a Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR).
A partir de 2003, o GEMGe tem realizado, regular e bianualmente, o EMEMCE e o SIMPERGEN, conforme o quadro abaixo, e, neste ano de 2023, completa sua IX edição. Desde 2011, as edições passaram a ter abrangência internacional com a participação da Universidade Aberta de Lisboa e da Universidad Complutense/Madrid. Em todos os oito eventos foi outorgada a Medalha “Professora Laura Rosa” em reconhecimento às mulheres professoras por suas atuações no magistério e na constituição da história das mulheres, sobretudo, na política educacional maranhense.
Homenagens - Nesta edição de 2023 serão homenageadas mulheres professoras latino-americanas que trabalham ou trabalharam na Universidade Federal do Maranhão, na Cidade Universitária Dom Delgado. Para a realização do IX EMEMCE e do IX SINPERGEN partimos do reconhecimento de que somos América Latina, apesar de pouco assim nos reconhecermos.
A expressão “América” foi inicialmente usada em 1507, por Martin Waldseemüller (1475-1520), baseado na crença errônea de haver sido descoberto o “Novo Mundo” por Américo Vespúcio (1451-1512). E o termo “América Latina”, foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo chileno Francisco Bilbao (1823-1865), em 1856. Mas, desde 2004, a expressão Abya Yala, na língua do povo Kuna, que significa "Terra Madura", "Terra Viva" ou "Terra em Florescimento", vem sendo usada como uma autodesignação dos povos originários do continente, como contraponto à América.
América - Este vasto território foi dividido pelo acordo internacional feito entre espanhóis e portugueses, assinado em Tordesilhas, na Espanha, no ano de 1494, e extinto em 1750. E no processo de dominação e colonização a que os povos originários foram submetidos estavam inseridas as mulheres, a quem também foi imposto o patriarcado, o machismo e o marianismo. As lutas e as insurreições, ocorridas ao longo da história, tiveram a participação de mulheres com audácia e resistência.
E nas lutas das mulheres latino-americanas foram incluídas: a conquista dos espaços públicos, dos seus direitos políticos e à educação. Do protagonismo de mulheres como a Sor Juana Inés de La Cruz (1651-1695), freira mexicana, considerada a primeira feminista das Américas e Nísia Floresta (1810-1885) considerada a primeira feminista brasileira, chegamos a mais de meio século de Feminismo na América Latina.
Realidade - Hoje, as mulheres latino-americanas são a maioria da população e atuam na ciência, na tecnologia, na arte e na educação, mas a historiografia latino-americana não lhes faz referência, assim como a outros grupos de excluídos da história. E é inegável o apagamento das mulheres, se entrecruzando com a discriminação socioeconômica e racial, visto que a América Latina é multirracial.
Assim sendo, o GEMGe, por meio do IX EMEMCE e IX SINPERGEN, pretende dar visibilidade às mulheres latino-americanas, suas percepções na ciência, na tecnologia e na educação. Para tanto, os dois eventos visam divulgar as produções das mulheres latino-americanas nas áreas artísticas, científicas e tecnológicas e quanto às temáticas relativas ao seu ser mulher; evidenciar as atuações femininas na história e na educação na América Latina; e discutir sobre matizes étnico-religiosos latino-americanos nos estudos feministas.
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