Com foco na prevenção, Distribuidora e Governo do Estado firmam parceria no combate à incêndios florestais
A Equatorial Maranhão investe sempre em campanhas de segurança, que levam à população informações sobre diversos temas importantes, entre eles, os perigos de incêndios em áreas próximas à rede elétrica.
Iniciado em 2020, o programa segue as diretrizes do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Estado do Maranhão (PPCD-MA), instituído pelo Decreto Estadual N°40.148, de 11 de julho de 2025, que proíbe a realização de queimadas para fins de limpeza e manejo de áreas rurais, no período de 1º de julho a 15 de novembro, como parte das ações do programa Maranhão Sem Queimadas.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Maranhão, este ano, já foram registrados 2.554 focos de incêndio, com municípios como Mirador e Balsas liderando as ocorrências de queimadas. O Estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, atrás apenas do Mato Grosso, que conta com um total de 4.036 focos e do Tocantins, que contabiliza 3.043 queimadas até o momento.
A combinação entre altas temperaturas, baixa umidade do ar e o uso ainda recorrente do fogo para manejo agrícola compõem o ambiente propício para a propagação das chamas.
Período crítico e proibição de queimadas
Para se antecipar a essas ocorrências, alguns Estados já estão tomando providências. No Maranhão, por exemplo, as ações de combate aos incêndios foram reforçadas com o lançamento do programa "Maranhão Sem Queimadas", onde prefeituras do estado firmaram parcerias com o programa para fortalecer as políticas de proteção ambiental. O Fundo Amazônico, por exemplo, vai fornecer R$ 45 milhões — recurso vindo da Alemanha — para a compra de equipamentos destinados a 49 unidades do Corpo de Bombeiros. Outras sete unidades vão ser construídas para ampliar o trabalho da corporação.
A recomendação para os produtores é que substituam o fogo por técnicas alternativas, como roçadas manuais ou mecanizadas, e criação de aceiros — faixas de terra sem vegetação que funcionam como barreira para o avanço das chamas.
Impactos ao meio ambiente e à rede elétrica
Além da degradação ambiental e da ameaça à biodiversidade, as queimadas têm afetado a infraestrutura elétrica do estado. A Equatorial Maranhão registra anualmente diversas ocorrências de grande proporção causadas por fogo em áreas próximas à rede de energia. “Queimadas próximas à rede elétrica podem causar danos a rede elétrica e longas interrupções no fornecimento. Isso compromete o atendimento e exige ação coordenada entre bombeiros e equipes de manutenção da Distribuidora. A conscientização da população pode ajudar a minimizar esses transtornos e riscos”, afirma Gabriel Vieira, Executivo de Segurança da Equatorial Maranhão.
Orientações à população
Em caso de incêndios nas proximidades da rede elétrica, a população deve acionar o Corpo de Bombeiros, pelo número 193 e a Equatorial Maranhão pela Central 116.
A Distribuidora reforça o alerta sobre os riscos das queimadas e lista uma série de recomendações que podem evitar consequências mais graves:
- Não queime lixo, principalmente perto de postes e fiações;
- Nunca descarte cigarros ou fósforos acesos em áreas com vegetação;
- Não faça fogueiras perto de vegetação e plantações;
- Não utilize o fogo como ferramenta para limpeza de pastagens;
- Utilize aceiros como barreiras preventivas;
- Priorize alternativas como roçada com ferramentas ou máquinas.
O desafio da mudança de cultura
Apesar dos alertas e das ações preventivas, especialistas apontam que o combate às queimadas depende de uma mudança estrutural na forma como o manejo de solo é realizado, especialmente nas áreas rurais. O fogo ainda é visto por muitos como técnica acessível e eficiente, mas seus efeitos colaterais têm se intensificado ano após ano, comprometendo o meio ambiente, a saúde pública e a segurança energética.
O cenário preocupa ambientalistas, gestores públicos e instituições de pesquisa, que defendem ações coordenadas, educação ambiental nas comunidades e investimento em tecnologia para prevenção e monitoramento.
A temporada de queimadas está longe de acabar — e os próximos meses exigem vigilância redobrada e ajuda coletiva de todos os maranhenses e brasileiros para preservar o que há de mais importante para a vida no planeta: o meio ambiente.
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