sábado, 22 de agosto de 2015

ACM: Painel discute cenários econômicos e novo ambiente de negócios no Maranhão



Pensar um modelo que confirme as potencialidades dos Maranhão, mas avance gerando desenvolvimento para os maranhenses, pautado em uma nova estrutura de investimentos, com foco no incremento do mercado interno, gerado a partir de um novo ambiente de negócios e em que as estratégias de desenvolvimento sejam pactuadas.

A análise é do professor, economista e presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos - IMESC, Felipe de Holanda, durante o painel “Cenários Econômicos e o novo ambiente de negócios no Maranhão”, realizado na última quarta-feira, na Associação Comercial do Maranhão, como parte da programação comemorativa dos 161 anos da entidade.


Ao lado de Holanda, que explicou detalhadamente os fatores da conjuntura externa e interna determinantes para a emergência de uma crise econômica e política sem precedentes, também participaram do painel, o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, e o professor doutor do Departamento de Economia da UFMA, João Gonsalo, além do vice-presidente da ACM, Gustavo Martins Marques, que atuou como mediador.

Em sua intervenção, Simplício Araújo, abordou medidas que sinalizam um novo ambiente de negócios no estado. Conforme ele, as estratégias para o desenvolvimento com inclusão dos maranhenses adotadas pelo governo Flavio Dino são apoiadas em algumas premissas básicas: a revisão do padrão de incentivos fiscais estaduais; a melhoria nos distritos industriais estaduais para fomentar a indústria maranhense; a geração de um ambiente para a melhoria da competitividade estrutural e empresarial; medidas para desburocratização e apoio aos pequenos empreendimentos; eliminação de gargalos infraestruturais; estímulo à participação em feiras e eventos de qualificação; incentivo ao associativismo e a realização de parcerias institucionais.

Já o professor João Gonsalo destacou aspectos que concorrem para o agravamento deste momento de crise econômica, ressaltando a má gestão da ‘moeda’, o desajuste nas contas públicas e a eliminação dos fatores geradores da estabilidade vivenciada na década passada.

Em suas considerações, o vice-presidente da ACM falou sobre a necessidade do estabelecimento de parâmetros igualitários de concorrência nas licitações públicas, tomando como exemplo o segmento das empresas de projetos, que poderiam ter uma atuação mais forte no estado, a partir da revisão das modalidades de licitação adotadas pelo estado.

Marques também indagou sobre perspectiva para captação de financiamento externo para o Maranhão. Segundo o professor Felipe de Holanda, o “Maranhão é subfinanciado. Há espaço para a captação de recursos junto a instituições multilaterais, como Banco Mundial, por exemplo”. De acordo com Holanda, “hoje o Maranhão negocia de forma soberana, em bases claras e transparentes, pensando nos interesses do Estado, e conta com equipes técnicas capazes de propor boas inciativas nesse sentido”.

Destacando a importância do evento, a presidente Luzia Rezende disse que a capacidade dos palestrantes elevou o debate a um nível em que foi possível discutir a crise, os possíveis cenários e o novo ambiente de negócios do Maranhão, de forma propositiva, dando aos empresários importantes elementos para reflexão. “Tivemos um debate de alto nível, com resultados excelentes para os empresários”, afirmou Luzia Rezende.
 
Na próxima quarta-feira, dia 26, marcando o encerramento do mês de aniversário, será realizada a solenidade magna em comemoração aos 161 anos da entidade, na qual será homenageada a empresa SOCINGRA, que possui mais de 50 anos de atuação no mercado maranhense com o mesmo CNPJ. Também recebem homenagens da entidade o prefeito Edvaldo Holanda Júnior e ao governador Flávio Dino.

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