Os prejuízos na agricultura provocados pela falta de chuvas que atingiu o Maranhão no final de 2015 e início de 2016 levaram o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e da Defesa Civil, a buscar alternativas para respaldar os produtores em suas negociações junto aos bancos, embasando um eventual decreto de emergência.
Através dessa iniciativa conjunta, estão sendo levantados dados estatísticos, pluviométricos e boletins meteorológicos que viabilizem esse decreto por parte do governo estadual, a exemplo do que fizeram os estados do Piauí e Tocantins.
A estiagem provocou atraso no plantio, redução substancial da germinação das sementes e o atraso no desenvolvimento das plantas, gerando grande frustração de safra. De acordo com o monitor de secas do Núcleo Geoambiental da UEMA (Nugeo), as chuvas foram muito irregulares no Maranhão entre outubro e dezembro, que é quando a soja deveria ser plantada. Em janeiro de 2016, houve um agravamento da intensidade da seca na parte noroeste do estado, passando de seca grave para seca extrema, mesmo com ocorrência e chuvas nessa área. Esse aumento foi justificado pela quantidade de precipitação ter sido muito inferior ao esperado para o mês, com uma anomalia negativa de 200 mm. No sul do estado, maior região produtora de grãos, houve uma diminuição da intensidade da seca extrema para seca moderada.
Em fevereiro, período de enchimento do grão, as poucas chuvas registradas contribuíram, significativamente, para ampliar a área de seca extrema na faixa central do estado e no sul, permaneceu o quadro de seca moderada, mas já com impactos de secas classificados como de curto e longo prazo.
De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, o Governo do Maranhão vem realizando todos os esforços para auxiliar os produtores. “Estamos buscando alternativas para que o produtor rural não fique desamparado nessa frustração de safra. Com esse eventual decreto, produtores poderão fazer negociações juntos aos bancos e honrar seus compromissos com melhores condições”, disse.

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