Alunos foram premiados em Estreito
Evento aconteceu em Estreito
MPMA realizou premiação de alunos
Alunos receberam premiação em Montes Altos
Estudantes posaram com autoridades
Realizada pelo Ministério Público do Maranhão pelo terceiro ano, a iniciativa leva a discussão para as escolas sobre a temática corrupção. Este ano o livro adotado foi “O que faz o brasil, Brasil?”, do autor Roberto DaMatta.
Em Imperatriz, o evento foi realizado no auditório da Faculdade Fest, na quinta-feira, 23. Em Estreito, a ação foi promovida na Quadra Poliesportiva São Francisco. Já em Montes Altos, o evento reuniu as escolas de Ribamar Fiquene e Sítio Novo, na Unidade Integrada Persondas de Carvalho.
Além de membros do Ministério Público, participaram representantes do Executivo Municipal, das Secretarias de Educação municipal e estadual, da Polícia Militar, da Academia Imperatrizense de Letras, das instituições de ensino, do corpo discente e docente.
A idealizadora do projeto, promotora de justiça de João Lisboa, Maria José Lopes Corrêa, agradeceu a todas as instituições de ensino, professores e alunos que se envolveram no projeto. Ela declarou que, sem a ajuda de todos do Ministério Público, não alcançaria seu objetivo de estimular a consciência crítica dos alunos e de todos os que fazem parte desta célula.
“O Ministério Público traz à sociedade uma reflexão de seu próprio trabalho. E não haveria essa repercussão, se não houvesse tamanho empenho dos membros. Infelizmente, a corrupção chegou ao ponto em que está porque começou no seio da nossa casa. Por isso, toda e qualquer mudança precisa passar pela reflexão de nossos atos”, ressaltou Maria José Corrêa.
Representando o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, o titular da 2ª Promotoria Cível de Imperatriz, Frederick Bacellar, esclareceu que o esforço pela implantação do projeto é, além de um dever funcional, uma responsabilidade de cidadão.
O representante do MP acrescentou que projetos como o Ler, Escrever e Pensar são necessários para mudar a mentalidade dos jovens e garantir um futuro melhor. “Eu também quero falar daquela pessoa que não tem nada, mas consegue superar todos os obstáculos e vencer na vida, fazendo a coisa certa em um mundo tão difícil”, refletiu Frederick Bacelar.
Um dos responsáveis pelo projeto na cidade de Imperatriz, o promotor Alenilton Santos diz que o Ler, Escrever e Pensar não tem o objetivo de discutir a corrupção macro, mas principalmente as pequenas atitudes do cotidiano que também são atos de corrupção.
“Muita gente não vê problema em desrespeitar as leis de trânsito, riscar as paredes e cadeiras das escolas, desrespeitar os professores, colar na prova, etc. É aí que se enganam. Nós não podemos desistir de ter um país melhor. Precisamos levar essa discussão a toda a sociedade. Não podemos desistir de sermos pessoas honestas”, ressaltou o promotor de justiça.
O promotor de justiça Lucas Mascarenhas, também responsável pelo projeto em Imperatriz, igualmente citou exemplos da corrupção no dia-a-dia, como furar a fila ou colar na prova, como atitudes danosas à sociedade. Ele apresentou o conceito de corrupção, que é praticar um ato visando benefício próprio em detrimento do direito alheio. “A diferença entre uma pessoa que rouba um milhão de reais e quem ocupa a vaga do idoso no estacionamento é apenas a oportunidade. Muito provavelmente aquele que ocupou a vaga também roubaria o dinheiro, porque é uma questão cultural. Por isso, precisamos trabalhar para que pequenas corrupções desapareçam”, explicou o promotor.
Maria Eduarda, estudante do 3º ano do Colégio Militar, ficou em primeiro lugar no concurso de redação do ensino médio. A adolescente revelou sua satisfação em participar do concurso. “Esse projeto me ajudou a ampliar meus conhecimentos sobre o tema e a refletir sobre as atitudes que vivenciamos todos os dias, principalmente as que tanto praticamos no Brasil. Estou muito feliz por tudo, por ter participado e por ter vencido o concurso!”, enfatizou.
ESTREITO
A diretora das Promotorias de Justiça da Comarca de Estreito, Carla Tatiana Pereira, louvou a iniciativa da coordenadora do projeto, promotora de justiça Maria José Corrêa, e agradeceu pelo trabalho desenvolvido em várias comarcas do estado. Para ela, a parceria aprimora a consciência dos alunos em relação ao problema da corrupção. “A transformação não vem de fora, vem de dentro. Nós somos o que externamos ser e nós temos que ser capazes de repercutir o que aprendemos aqui, até porque não podemos cobrar do outro o que nós mesmos não oferecemos”, frisou a promotora de justiça.
MONTES ALTOS
A promotora de justiça da Comarca de Montes Altos, Paloma Ribeiro Gonçalves, discorreu sobre as experiências que vivenciou com os alunos no Ler, Escrever e Pensar. Para ela, o principal objetivo deste projeto é semear algo de novo na vida dos alunos. “A melhor parte deste projeto é que conseguimos plantar uma semente de esperança para que nossos dias sejam melhores, porque nós não vamos acabar com grandes atos de corrupção enquanto não acabarmos com os pequenos. Por isso, eu acho que todos vocês saem daqui seres humanos muito melhores”.
PREMIADOS
Em Imperatriz, os alunos do 9º ano que ocuparam o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente, foram: Lilian Vitória Silva de Almeida, Aldeman Prado de Lima Filho e Kleyane da Silva Magalhães.
Do ensino médio, o primeiro, segundo e terceiro lugar foram: Maria Eduarda Macedo Ramos, Isabella Chaves de Freitas e Raviecky Alves de Costa Ferraz.
Em Montes Altos, a disputa foi apenas entre alunos do ensino médio. Os três primeiros foram: Emanuel de Oliveira Costa, Ester Miranda Paiva e Victor Henrique Marinho de Almeida.
Os municípios de Montes Altos, Ribamar Fiquene e Sítio Novo concorreram à mesma premiação referente ao ensino médio. Os ganhadores foram: Ítalo Barros Marinho Maciel (Sítio Novo), Rafaella Ferreira Pimentel (Montes Altos) e Geovana Gabriela Brito (Ribamar Fiquene).
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