quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

A PREPARAÇÃO OLÍMPICA DA KITESURFISTA SOCORRO REIS


Nesse dia do atleta profissional (10.02) destaque para Socorro Reis, está em plena preparação para disputar uma vaga olímpica no kitesurf em 2024.
No Dia do Atleta Profissional (10.02) ela revela a rotina de treinos em busca de uma vaga em Paris 2024

Conhecida como A “Rainha dos Mares”, Socorro Reis é uma das mais premiadas atletas profissionais de kitesurf do país na categoria Hydrofoil, onde o atleta disputa uma corrida entre boias com o kite.

Ela é pentacampeã brasileira dessa modalidade (2017, 2018, 2019, 2020, 2021). E coleciona também importantes vitórias internacionais como o 1º lugar no campeonato sul-americano em 2019; 16º lugar nos jogos mundiais de praia em Doha, no Catar em 2019; 2º lugar no Campeonato Panamericano em Cabarete na República Dominicana em 2021 e 3º lugar no Mundial de Kitesurf Master, disputado na Itália, também em 2021.
A atleta que conta com o patrocínio da Fribal, através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, sonha em disputar as Olimpíadas de Paris em 2024, quando o kitesurf irá estrear entre as modalidades olímpicas.

Mas quem vê essa atleta profissional tão focada no esporte, não conhece a história de garra e superação para chegar até aqui. Socorro é solteira, tem 37 anos e nasceu no Piauí; mas se declara maranhense de coração.

Formada em enfermagem, há 15 anos quando veio morar em São Luís, teve contato com sua grande paixão, o kitesurf, esporte que começou praticando por lazer e que se tornou sua missão de vida e de profissão.

Socorro acumulava diversos empregos na área da saúde em três turnos – manhã, tarde e noite. E só nas horas vagas, por puro prazer e para desestressar, começou a praticar o kitesurf, velejando com amigos. Mas foi somente a partir de 2017 que a atleta começou a encarar o kite como profissão. Ela foi colecionando mais e mais títulos na modalidade Hydrofoil.

Em 2018 Socorro finalmente optou por abdicar de um dos empregos que tinha, para poder se dedicar mais ao esporte, quando vislumbrou a possibilidade concreta de disputar uma vaga olímpica. Pelas manhãs treina na academia o fortalecimento muscular e a preparação cardiorrespiratória. As tardes são exclusivas para velejar. E à noite, a cada três dias, segue com os plantões no hospital em que ainda trabalha.

“Atualmente sou pentacampeã brasileira e divido minha preparação com o campeão masculino Bruno Lobo, a gente vem construindo juntos uma história bonita no kite. Em 2022 vamos contar com um técnico para nos auxiliar nessa parte de treinos e isso tudo só nos ajuda a melhorar no esporte, sempre visando as olimpíadas de 2024” explica.

Seu foco agora está todo na preparação para conquistar a sonhada vaga olímpica em 2024. E foi somente graças ao patrocínio que obteve da Fribal, via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, que Socorro conseguiu se manter nesse esporte que é caro, exige uma árdua preparação, além da participação em provas nacionais e internacionais.

“Sou muita grata à Fribal e ao Governo do Estado por terem abraçado o meu sonho. Seria impossível eu competir de igual com os atletas internacionais de alto nível, sem ter esse apoio. O material do kite é caro e preciso contar com um equipamento de ponta, além de uma super preparação. Ano passado eu terminei em oitavo no circuito mundial e fiquei muito feliz com esse resultado que é fruto de um trabalho que venho plantando há anos. E para as olimpíadas, preciso me dedicar ainda mais. Existe uma classificatória, e não basta ser a primeira do Brasil, tenho que ranquear internacionalmente também. Mas meu sonho é poder representar o Maranhão, o Brasil e os meus patrocinadores na Olimpíada de Paris, e quero ir para brigar por medalha” avisa determinada.

Graças ao patrocínio da Fribal, em 2021 ela disputou além do campeonato Panamericano; uma etapa do mundial de kite e o campeonato Europeu, conquistando uma ótima classificação internacional. E para 2022 o foco é redobrar disputar todo o circuito internacional em seis etapas, além do brasileiro. E com isso, conquistar a vaga dos Jogos Panamericanos de 2023 no Chile. Essas provas servirão de classificatória para as Olimpíadas.

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