O Gás Natural Liquefeito (GNL) é uma forma de gás natural que é resfriado em temperaturas muito baixas, transformando-o em líquido. Isso permite que seja transportado por navios e trens em grandes quantidades, tornando-o uma opção viável para regiões que não possuem reservas naturais de gás. Vale lembrar que, a primeira experiência brasileira com a comercialização de GNL ocorreu em 2005, com a implementação do Projeto Gemini, desenvolvido por duas empresas privadas e a Petrobras.
O GNL é versátil e tem diversas aplicações, desde a geração de energia elétrica até a produção de fertilizantes. É uma fonte de energia de transição que pode substituir combustíveis convencionais, como o diesel, etanol e gasolina, uma solução na geração de energia, principalmente em usinas termelétricas. Torna-se competitivo em relação a esses combustíveis e contribui para a sustentabilidade ambiental. Na indústria seria utilizado em processos de secagem, fornos de cocção e caldeiras para fornecer calor.
Setores, como o petroquímico, metalúrgico, reciclagem, cerâmico, papel e celulose, e fertilizantes seriam os beneficiados. Cito o processo de fabricação de fertilizantes, que usa o GNL como matéria-prima para a produção de amônia e metanol, que são essenciais para a produção agrícola, tal possibilidade, poderia atrair indústrias do setor para atender a demanda de fertilizantes do agronegócio de toda a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e arco norte.
No transporte pode ser utilizado como combustível em veículos pesados, como trens, caminhões, ônibus, automóveis e até mesmo em navios. As empresas que adotam essa tecnologia se beneficiam da versatilidade e da eficiência do GNL nos seus processos produtivos.
As normas legais dos procedimentos e os altos padrões de segurança, foram traçadas pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que garantem a entrada e uso do GNL no Brasil. O que permite uma regulamentação robusta em todos os projetos.
Vou citar um exemplo de projeto, que é da LC Terminais Portuários, o Terminal Privado de Regaseificação de GNL de São Luís, no Maranhão, foi apresentado numa audiência pública, onde tive oportunidade de participar e ter o acesso a todos os detalhes do empreendimento e seus estudos de impactos.
Esse terminal, tipo ilha, que ficará a 1 km da costa, terá um navio adaptado e atracado permanentemente para receber o gás natural liquefeito e transformá-lo novamente para à forma gasosa, o processo utilizará uma área de mar e terra. No mar terá área de 16 hectares, que seguirá por gasodutos subaquáticos para uma área em terra de 4 hectares, que terá uma estação central de distribuição (city gate), onde interligará aos gasodutos da GASMAR (Companhia Maranhense de Gás), que é a única autorizada para a distribuição de gás no estado e de responsabilidade do governo estadual.
E com base nessas informações, observei os benefícios do terminal, que são a geração de muitos empregos diretos e indiretos, a melhoria da infraestrutura do local da região onde será implantada, o desenvolvimento econômico regional pela atração de capital para investimentos em modernizações das indústrias atuais e novas.
Por fim, avalio que o Gás Natural Liquefeito (GNL) representa uma importante oportunidade para o desenvolvimento sustentável, principalmente agora com a aprovação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Maranhão. Com a construção do Terminal de Regaseificação de GNL de São Luís, o estado definitivamente poderá se tornar um hub energético para a região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e arco norte.
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